quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

FILOSOFIA EM QUADRINHOS

A Alegoria da Caverna é um dos textos filosóficos mais conhecidos do mundo. Contida no livro A República, do filósofo grego Platão, a alegoria é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade.
Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência, isto é, do conhecimento abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias - um mundo real e verdadeiro - e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo das coisas sensíveis - este mundo -, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, não são perfeitas como as coisas no mundo das idéias e, por isso, não são objetos suficientemente bons para gerar conhecimento perfeito.
Vários artistas (das mais diversas áreas) já exporam a sua visão sobre esta maravilhosa alegoria, como os irmãos Wachowski em sua trilogia Matrix.
Recentemente descobri uma versão brazuca para o tema e achei muito oportuno expo-la no Armazém. Quem nunca se divertiu com as aventuras da Turma da Mônica, do cartunista Maurício de Souza? Pois então, a versão da alegoria que irá ser apresentada aqui , é uma HQ da turminha mais divertida do Brasil nos traços de Maurício de Souza. Divirtam-se e aproveitem para comentar.
Boa leitura!

Observação: Para melhor visualização amplie a imagem com um clique sobre ela.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O VELUDO SUBTERRÂNEO DO ROCK N' ROLL


O álbum The Velvet Underground and Nico (de 1967) é um marco na história do Rock mundial, não apenas por ser um dos melhores experimentalistas, mas por ser a estréia de uma das bandas mais controversas, midiamente falando, do início dos áureos anos 70.
A banda nos apresenta o mago Lou Reed em seu início de carreira tendo como guru e produtor do grupo ninguém mais que Andy Warhol, já naquela época, gênio e astro da Pop Art mundial. A primeira formação profissional da banda era composta por Lou Reed (vocais e guitarra), John Cale (viola elétrica, piano e celesta), Sterling Morrison (guitarra, contra-baixo elétrico e vocais de apoio) e Maureen Tucker (percurssão), porém, ter um produtor do porte midiático de Andy não poderia ser tão barato assim, e usando de seu "poder" Warhol introduz no grupo a modelo e atriz alemã Nico, ocupando ocasionalmente o vocal principal em três faixas (Femme Fatale, All Tomorrow's Parties e I'll Be Your Mirror) e fazendo vocal de apoio em Sunday Morning.
Em seu lançamento, o álbum foi um fracasso comercial. Os temas controverssos levaram o disco a ser banido de muitas lojas. Rádios se recusavam a tocar as músicas e revistas a divulgar propagandas para o álbum. O estúdio Verve, responsável pela gravação, também teve sua parcela de culpa na falha de promoção do disco. Até mesmo os críticos não deram muita atenção para o seu lançamento. Somente décadas depois o álbum viria a receber louvação unânime pela crítica mundial, sendo inclusive taxado por influenciar diretamente o rock moderno.
O álbum é notável por suas descrições de tópicos como o uso (e abuso) de drogas, prostituição, sadomasoquismo e comportamento sexual alternativo.
Também conhecido por "álbum da banana", o disco traz como capa uma pintura de Andy Warhol, retratando uma banana. As cópias iniciais do álbum convidavam o dono a "descascar lentamente e ver" (no inglês, "peel slowly and see", que viria a ser o nome de uma das coletâneas da banda). Ao descascar o adesivo, revelava-se uma banana com cor de carne.
Como tudo no mundo do Rock é dinâmico e muitas vezes tempestuoso, a relação entre Lou e Andy desandou quando ouve atraso no lançamento de um ano. Esta tensão desencadeou na demissão de Warhol por Reed, sendo substituido por Steve Sesnick. De quebra, Nico também foi expulsa do grupo, lançando em outubro de 1967 0 seu álbum de estréia: Chelsea Girl.
A verdade é que com todos os insucessos enfrentados pela banda em seu início, The Velvet Underground and Nico é até hoje, um dos álbuns mais bem conceituados do experimentalismo mundial e irá embalar muitas gerações no submundo aveludado do rock and roll.

Baixe aqui o ábum The Velvet Underground and Nico
Abaixo a famosa capa do álbum, pintada por Andy Warhol